Cada vez mais a gestão de dados para redes de varejo, aliada às novas tecnologias, tem mostrado ser possível ter mais dinâmica e eficiência nas tomadas de decisão. Isso é ser data-driven: se orientar por informações confiáveis sobre o negócio e o comportamento do consumidor.
Segundo estudo feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 87% das empresas entrevistadas já investem no desenvolvimento de áreas relacionadas à transformação digital.
Dentro desse universo, a área de dados aparece no ranking como a 8ª que mais recebe investimentos. O que mostra que ainda há inúmeras oportunidades a serem exploradas nesse segmento.
Ao longo deste artigo vamos trazer algumas aplicações práticas da gestão de dados para redes de varejo.
Saiba como você pode usar a inteligência de dados e a tecnologia a seu favor para tomar decisões mais assertivas, e otimizar o dia a dia da sua operação.
O que é a gestão de dados para redes de varejo
A definição parece óbvia, mas a gestão de dados para redes de varejo pode ter diversos desdobramentos. Primeiro porque quando falamos em “dados”, assim de maneira genérica, podemos nos referir a absolutamente tudo.
Um dado não é, necessariamente, uma informação concreta. Ele pode ser um número, uma palavra ou um conjunto de ações. Portanto, se não há um tratamento adequado ou não sabemos como utilizá-lo, ele pode não significar nada.
A riqueza de um dado existe quando sabemos o que ele pode nos responder e como aplicá-lo no dia a dia para tornar nossas decisões mais eficientes.
No caso das redes de varejo, isso pode ser aplicado durante toda a cadeia produtiva, desde a gestão de estoque até a auditoria de conformidade visual, além de outras atividades. Com as ferramentas certas, você pode aplicar a análise de dados em toda sua cadeia operacional, reduzindo custos e otimizando resultados.
Vamos a um exemplo prático. Imagine que a sua empresa fez uma fusão com outra, e precisa de um inventário de todas as lojas, estoque e equipamentos existentes.
Com essas informações você consegue definir qual a condição atual dos ativos adquiridos e quais ações precisam ser tomadas a partir da fusão.
Sendo assim, é possível tomar dois caminhos: construir uma equipe interna para fazer o levantamento de todos os dados e consolidar as informações necessárias. Ou contar com uma empresa terceirizada que garanta capilaridade e eficiência nessa demanda.
Independente da escolha estratégica feita, ter todos os dados e informações concentrados em um único lugar é imprescindível para uma boa gestão. É a partir dessa consolidação, você passa a fazer a gestão desses dados.
O que esses dados precisam responder? Quais problemas eles resolvem? Quais gargalos eles apresentam? Essas são algumas perguntas que você pode fazer durante a análise do material.
A cultura data-driven na gestão de grandes redes de varejo
Ser uma empresa orientada por dados exige uma mudança de cultura em todos os níveis. É preciso que todas as ações, atividades e estratégias sejam pensadas a partir de informações consistentes e análise apuradas.
E isso não é uma missão fácil. Mesmo com o rápido avanço tecnológico, muitas empresas ainda têm dificuldade em fazer o levantamento correto de dados, acompanhar métricas, definir indicadores de resultado e traçar estratégias otimizadas.
Isso acontece porque a cultura data-driven traz uma transformação no mindset do negócio. Empresas já consolidadas, como grandes redes de varejo, enfrentam hoje o desafio de integrar toda a sua operação e logística a softwares e aplicativos que possam trazer dados em tempo real.
Além disso, é preciso investir na formação de equipes multifuncionais e analíticas. Isso ajuda a otimizar o tratamento e gestão de dados, facilitando a consolidação das informações para a tomada de decisão.
Como resultado de uma cultura data-driven, as redes de varejo passam a ganhar mais eficiência na operação, direcionando esforços para a personalização e decisões mais assertivas sobre o negócio.
Qual estrutura uma empresa data-driven deve ter
Como vimos anteriormente, ser uma empresa data-driven exige uma mudança de cultura. Isso significa, também, que os processos que antes eram feitos de uma maneira mais burocrática e engessada também precisam se adaptar.
Segundo um levantamento feito pelo Think with Google, as empresas que hoje são consideradas data-driven passaram por uma mudança substancial nos seus processos. Por exemplo, os dados, que antes eram armazenados em arquivos individuais e segmentados, agora precisam ser integrados.
Isso significa que a análise e gestão deve ser feita de maneira conjunta, uma vez que comportamentos específicos e informações de determinadas áreas podem influenciar na leitura desses dados.
Imagine que o setor de franquias tenha dados consolidados que mostram uma baixa performance das lojas em determinada região. Para traçar estratégias assertivas, apenas essa informação não é o suficiente.
Você pode descobrir, por meio de uma auditoria, que os produtos expostos não estão em conformidade. Ou que o atendimento nessas lojas não está padronizado corretamente.
Quando você integra a inteligência de dados com outras ações de gestão, é possível ter respostas mais concretas e, assim, tomar decisões ágeis e assertivas.
Isso também diz respeito a outras mudanças relevantes nos processos internos da empresa. Com a cultura data-driven, a produtividade individual dá lugar à inteligência coletiva. Além disso, deixa-se de lado aquela fila de processos para adotar metodologias ágeis, com resultados mais consistentes.
Por fim, a leitura e visualização dos dados passa a ser mais acessível, com dashboards dinâmicos e inteligentes. Assim, os gestores e seus times passam a ter mais independência para tomar decisões que afetam diretamente a operação.
Gestão de dados para redes de varejo: use o Business Intelligence a seu favor
Se você não sabe o que está olhando, não sabe para onde ir. Por isso a importância de trabalhar com o Business Intelligence (BI). Mas, o que isso significa? Em tradução livre, é o que chamamos de inteligência de negócios.
O BI vem se popularizando devido o avanço da cultura data-driven. São softwares, ferramentas, sistemas e práticas que possibilitam o processamento de dados, e ajudam os gestores a realizarem análises complexas e integradas.
Adotar o BI na gestão de dados para redes de varejo pode trazer inúmeros benefícios para as empresas. O principal deles, sem dúvidas, é a eficiência e otimização da operação.
Imagine que você precisa verificar quais lojas da sua rede não estão com as documentações em dia. Nesse caso, é preciso realizar uma auditoria em cada uma delas, para checar as informações.
Ainda que você desloque um time para realizar essa auditoria e tenha um checklist padrão, depois precisará reunir todos os dados e, manualmente, por meio de planilhas, consolidar as informações para, então, realizar as análises.
Com um sistema de BI, todo esse processo é mais ágil. As informações são alimentadas em um único local, reduzindo as chances de erro e tornando as decisões mais assertivas.
Esse é um exemplo de como o business intelligence, aliado com a cultura data-driven, pode ser extremamente vantajoso para o seu negócio.
Fazer a gestão de dados para redes de varejo de maneira eficiente exige uma adaptação às transformações do mercado. É preciso trazer a tecnologia e a modernização de processos para o dia a dia da empresa, focando em ações mais assertivas e decisões sustentadas por informações relevantes e confiáveis.
Esse talvez seja um dos maiores desafios das empresas de varejo hoje: ter dados consolidados, que possam resolver gargalos e trazer insights valiosos para escalar de maneira sustentável.
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